“Carlos Motta: marceneiro, designer e arquiteto”, uma das mais concorridas exposições que aconteceu no Museu Oscar Niemeyer – Curitiba, esteve na Sala Frida Khalo entre os dias 26 de maio e 28 de agosto, 2011. Com curadoria e concepção de Consuelo Cornelsen, e mais de cem peças, a mostra contou a trajetória de quatro décadas desse arquiteto e designer, que desenvolveu a sua carreira em São Paulo e já é referência no Brasil e no exterior.
Momentos antes da abertura da exposição, dia 26, o designer deu uma palestra no pequeno auditório do Museu, com presença na bancada de Bernadete Brandão, Irã Taborda Dudeque, Ivens Fontoura, João Suplicy, Ronaldo Duschenes, Salvador Gnoato, e ilustre presença do mestre Sergio Rodrigues, onde constatou-se público recorde entre diversas palestras já acontecidas.
“O que mais chama atenção é o fato dele desenvolver uma linguagem brasileira. Os arquitetos e designers italianos, por exemplo, transitam por outros caminhos. Já Motta, até por utilizar, conscientemente, madeiras, tem um estilo único, assumidamente brasileiro”, afirma a diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini.
“A atitude e o design de Carlos Motta são traduzíveis por criatividade, coerência e coragem”, disse Ivens Fontoura.
As mais de cem peças mobiliárias, entre cadeiras, mesas e sofás, foram executadas com madeiras nobres certificadas e de demolição, que se reinventam em novas formas. O trabalho de Motta é focado na criação de objetos utilitários que têm a finalidade de satisfazer as necessidades das pessoas, levando em conta, como o artista costuma repetir, “que o belo e o duradouro devem sempre estar presentes na peça final. Design, arquitetura, surf, respeito, amor, convívio, procriação, ar, água, alimento, dor, alegria, e a infinitude de tudo que vivemos diariamente, é inseparável, não há ruptura, tudo junto forma aquilo pelo qual temos que zelar, colaborar e quem sabe acrescentar. Vida.”.